Já que todo mundo estar comentando sobre os desafios das aulas remotas não poderia deixar de refletir sobre o atual momento. Desde que a pandemia manifesta pela crise sanitária do corona vírus (COVID-19) os professores se sentem desafiados em adaptar-se para "dar aula".
Cabe ressaltar que algumas escolas, dentre elas maioria da rede privada de ensino, estão desenvolvendo seu trabalho de forma presencial. No entanto, a rede pública de ensino, onde é o meu espaço de fala, continuam com o trabalho remoto. E aí na sua cidade, como está esse processo?
A realidade do ensino público brasileiro levantam duas questões centrais que podemos iniciar nosso diálogo a partir de agora. A primeira é o desafio do ensino remoto e a outra é a importância da competência digital docente para desenvolver a pedagogia.
Os documentos que regem e orientam a Educação chamavam atenção para o desenvolvimento de práticas voltadas a competência digital na formação inicial e continuada de professores, como também da inserção da cultura digital aos estudantes há bastante tempo. Essa meta majoritariamente foi postergada pelas políticas públicas educacionais. O efeito disto no período de distanciamento social e das aulas remotas desencadeou uma onda de insegurança e desafetos aos processos da Educação à Distância tantos os profissionais da Educação (em geral) como nas famílias dos estudantes brasileiros.
Aos inclusos na cibercultura e interação em rede obtiveram certa facilidade do manuseio da ferramentas utilizadas para desenvolver o mínimo de estimulação cognitiva, afetiva e pedagógica que as escolas e os profissionais empenharam-se a mediar. Não romantizando esse momento, pois é notório a estafa física e intelectual desencadeadas pelo excesso de atividades e horas de trabalho sentidas pelos professores. É angustiante compreender o quantos as famílias estão destituídas do acesso a rede de internet, de um cotidiano letradamente digital e de uma rotina que favorece aos estudos remotos.
Algumas escolas optaram por desenvolver aulas e conteúdos e disponibilizarão no canal do youtube; ao vivo pelo meet, zoom e teams; outros pelo whatssap. Observo que ferramentas que eram destinadas a interação, informação e diálogos informais viraram e são palcos da Educação Formal. A qualidade e o resultado qualitativo poderá ser pauta de umaoutro diálogo, os efeitos deste período são sentidos, mas serão palpáveis realmente daqui a aproximadamente dois anos.
E você, sentiu-se preparado, sente-se hábil para desenvolver a sua competência e estimular a competência cognitiva e o letramento digital nos seus alunos?
Estou de olho na BNCC e sabe o que ela diz sobre a competência tecnológica na sua quinta das dez competências gerais que "devem" ser desenvolvidas durante a Educação Básica? Leia na integra: BNCC
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BRASIL, 2017, p. 9)
Ufa... em uma competência geral quanta responsabilidade. Brevemente o que almejei suscitar em você foi estimular o diálogo em torno dos desafios da competência e letramento digital. O atual momento nos mostra que somos sujeitos atravessados pelo ensino remoto, uso das Novas Tecnologias da Informação (NTI), Educação a Distância (EAD), Tecnologias da Informação e da Comunicação dentre outros campos e somos convidados (e exigidos) a desenvolver habilidade que permitem que possamos tecer caminhos metodológicos prazerosos e significativos educacionais. No atual momento eu tenho a certeza que a pandemia consolida na história o ensino remoto e novas abordagens à Educação e que os professores são a força motriz que oportunizou e oportuniza o desenvolvimento do letramento digital do passado, presente e futuro às gerações superinterconectadas. Além de desenvolver competência, habilidades, letramento e alfabetização digital desenvolvemos Educação.
Interessante, profª. Wendla. A competência 5 de que trata a BNCC, inicia com três verbos (compreender, utilizar e criar), denotando a profundidade e amplitude de conhecimento necessário para colocá-la em prática. Tal competência destaca a importância da tecnologia como uma das ferramentas de aprendizagem. No entanto, a pergunta é: Qual o preparo e suporte que os professores tiveram/têm para desempenhar tal função?
ResponderExcluirO que vemos no período pandêmico, é a ampliação (ou o descortinar) das desigualdades. Onde alguns, através dos meios digitais, estão incluídos e outros tantos, encontram-se mais excluídos do que nunca.
Muito bom!!
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